Transtorno do Espectro Autista: da suspeita diagnóstica a uma vida saudável e funcional

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que está cada vez mais presente na vida de todos nós. Impossível não conhecermos alguém que esteja dentro do TEA ou que tenha um familiar com o diagnóstico.

São milhões de pessoas no mundo, muitos diagnosticados cada vez mais precocemente, vários com dificuldades na conclusão diagnóstica e outros tantos encontrados já na adolescência e na vida adulta.

Apesar dessa frequência e dos avanços científicos e terapêuticos, ainda há muito preconceito em relação a essas pessoas e seus familiares, além da própria dificuldade familiar em enxergar a singularidade de cada indivíduo e em aceitar o transtorno e o caminhar no acompanhamento de cada indivíduo.

As características comportamentais são variadas e podem acontecer de maneira e intensidade diferentes nos pacientes. Geralmente há problemas na comunicação verbal e interação interpessoal, interesses restritos ou hiperfoco em atividades e objetos, movimentos repetitivos e estereotipados, hipo ou hipersensibilidade a toque, texturas e odores, além de uma gama enorme de sinais que devem ser observados e acompanhados dia a dia, fase a fase.

Para isso, é necessário um grande amparo às famílias por parte do médico de confiança, de maneira especial pelos pediatras, pela equipe escolar e, em seguida, dos especialistas e terapeutas que fazem toda a diferença no desenvolvimento dessas crianças.

Precisamos de mais centros especializados, de equipe multidisciplinar e multiprofissional atualizadas e empenhadas.
Deve-se proporcionar a real inclusão dessas crianças na sociedade, no mercado de trabalho e na vida diária dos adolescentes e adultos que se encontram no transtorno.

Essa inclusão deve sair definitivamente do papel, das datas comemorativas como o Abril Azul e 02 de abril, e seguir além, no calendário diário dos nossos políticos, bem como de todos nós, cidadãos.