Vamos abrir o jogo: o cartão de crédito virou quase uma extensão da nossa mão. Paga tudo, resolve na hora, ainda acumula pontos e parece que a conta vem só no mês seguinte — uma maravilha, né?
Mais ou menos.
Se tem um assunto que aparece nas minhas mentorias, é esse. E eu sempre digo: o cartão de crédito não é o problema. O problema é como a gente usa.
Sabe aquela compra “só dessa vez”, que virou “mais uma parcelinha de R$ 97,00”? A soma dessas parcelas que parecem pequenas é que constrói uma bola de neve. E o pior: muita gente sabe quanto ganha, mas não sabe quanto já comprometeu do próximo salário com o cartão. Aí, quando ele entra na conta, já chega metade engessado. Isso não é vida, é enrosco.
Mas calma! Não é para cortar o cartão e viver só no débito (a não ser que precise por um tempo). É para usar com consciência. Aqui vão alguns lembretes que eu passo nas minhas consultorias e que fazem diferença de verdade:
🔹 Cartão não é renda extra. É só um meio de pagamento.
🔹 Parcele só o que caberia no seu orçamento à vista.
🔹 Olhe o total da fatura, não só o valor mínimo.
🔹 Evite dividir coisas do dia a dia (tipo mercado ou farmácia). Parcelar necessidade fixa só estica o problema.
🔹 Tenha um limite definido por você — e não o que o banco te deu. (Se o banco te dá R$ 8 mil e seu salário é R$ 3 mil, tá tudo errado.)
A boa notícia é que dá para virar esse jogo. Já vi clientes endividadas se organizarem e voltarem a usar o cartão de forma estratégica, até acumulando milhas para viajar. O segredo está no uso consciente — como quase tudo na vida.
Então, antes de passar o cartão, se pergunte:
“Eu compraria isso à vista hoje, com o dinheiro que tenho?”
Se a resposta for não, talvez seja só vontade, e não necessidade, reavalie.
Semana que vem seguimos com mais um passo rumo à sua liberdade financeira.
Com leveza, clareza e propósito.
Até mais,