Biblioteca Municipal

Cidade

A Biblioteca Municipal foi fundada em 1952, e nasceu com o nome de Biblioteca Pública “Terra Das Monções” (Lei Nº 364, de 31/10/1952). Foi renomeada duas vezes, primeiro para Biblioteca “Embaixador José Carlos de Macedo Soares” (Lei N.º 417, de 31/01/1953), depois para Biblioteca Pública Municipal “Dr. Cesário Motta Júnior” (Lei Nº 1938 de 17/10/1970). Os dois últimos nomes foram homenagens a grandes brasileiros, homens que foram cidadãos muito atuantes e responsáveis por grandes obras, mas o atual honra um porto-felicense de vulto.

A Biblioteca funcionou em vários locais. Já ocupou o prédio que agora é sede da Guarda Civil Municipal, um espaço no Museu Das Monções (que hoje encontra-se fechado) e também já ficou instalada na Casa Da Cultura (que agora é um espaço para oficinas e exposições).

Em 1999 o prédio da antiga estação de embarque foi reformado e restaurado, numa obra de grande valor, e a Biblioteca Municipal foi instalada lá no ano seguinte. E lá nasceu o Arquivo Histórico, que tornou-se um setor-irmão da Biblioteca – os dois sempre andaram juntos desde então.

Também foi restaurado em 1999 o antigo armazém de uso da companhia de trem, que fica a poucos metros dali. O local virou a Estação das Artes “Assumpta Luzia Marchesoni Rogado”, onde peças teatrais, exposições cinematográficas e outros eventos acontecem. Atualmente, a Estação Das Artes abriga também a Diretoria De Cultura, Esportes E Turismo.

 

Prédio do antigo armazém da companhia de trem. Atual Estação das Artes Assumpta Luzia Marchesoni Rogado

A Estação Da Estrada De Ferro Sorocabana

A Biblioteca e o Arquivo têm a honra de funcionar num prédio de grande valor histórico. A sede dos dois setores é uma construção de quase 100 anos! O prédio foi construído em 1920 para ser a estação de embarque da Estrada De Ferro Sorocabana. A criação EFS, como também é conhecida, deu-se principalmente para facilitar o transporte de safras de algodão, e foi muito importante para o escoamento da produção de café e de açúcar.

O trem parava no que hoje é a parte de trás da Biblioteca, na Rua Othoni Joaquim De Souza. O embarque dava-se através do prédio, pela sala que hoje tem as paredes de vidro – era, então, uma espécie de corredor. Havia uma plataforma, que foi removida. Isso pode ser visto claramente em fotos da época.

Além da estação na cidade, havia mais uma, na Fazenda Jupira. O ramal de Porto Feliz funcionou durante 40 anos. Foi destativado em 1960, e nos anos seguintes os seus trilhos foram removidos.

O prédio ficou fechado por cerca de 20 anos. Então, na década de 80, funcionou nele o escritório do SAAE (Serviço Autônomo De Água E Esgoto), no andar térreo, e o Ministério do Trabalho, no andar superior. Após a saída destes dois órgãos, o prédio voltou a ficar fechado por anos. Só tornou a ser utilizado no ano 2000.

Trata-se de uma construção em estilo inglês, muito resistente, que preserva boa parte de suas características originais. É um prédio lindo, e é cercado por áreas verdes – há várias praças e um gramado ao seu redor. As vistas das janelas, animadas pela florada dos ipês, principalmente, chegam a ser poéticas.
O Arquivo Histórico

Junto com a Biblioteca Cesário funciona outro setor da Cultura, o Arquivo Histórico Municipal “Sérgio Buarque De Holanda”. A responsável é Janaina Piva Mancio. O Arquivo é um setor um pouco menos conhecido e visitado, por sua natureza um tanto diferente da Biblioteca: Ele cuida do recebimento, preservação e organização de documentos e outras formas de registro (tais como fotos), em que fica inscrita a história da cidade e de seus cidadãos.

O Arquivo está aberto para receber doações de documentos e outros materiais. Em caso de ter algo que queria doar, deve-se verificar ligando para o 3262-4544.

Tal como a Biblioteca, o Arquivo tem página no Facebook, e nela são postadas frequentemente fotos de alguns dos muitos documentos que compõem seu acervo. Essas fotos frequentemente trazem à lembrança muitos fatos da história do cotidiano de Porto Feliz, e até já ajudaram algumas pessoas.

O setor recebeu seu nome para homenagear o historiador Sérgio Buarque De Holanda (pai do cantor Chico Buarque). O Sr. Sérgio, entre outros feitos, escreveu o livro Monções e instigou nossa cidade a criar a Semana Das Monções, na década de 50.

Colaborou José Eduardo Bertoncelo – Ativista cultural. Artigo publicado na Revista BemPorto ano 05 | n. 43 | outubro 2018

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