Anatomia de uma liderança quebra-galho

Gente e Gestão

Você já parou para pensar que seus líderes, estando despreparados impactam nos resultados, clima e retenção de colaboradores da sua empresa?

Vou te contar o que vejo nas empresas por onde passo como consultora…
Em muitas empresas, liderar ainda é um prêmio. Promove-se quem entrega bem, quem “segura a bronca”, quem tem tempo de casa. O problema? Nem sempre quem faz bem um trabalho técnico está preparado para conduzir pessoas.

E assim nasce a figura silenciosamente perigosa do líder quebra-galho.

Quando o improviso se torna a regra

Esses líderes não têm formação em gestão, não foram preparados para mediar conflitos e muito menos para inspirar times. Eles aprendem na marra, usando como referência o gestor anterior — muitas vezes, outro quebra-galho.

O resultado se repete: decisões centralizadas, falta de feedbacks, clima tenso, sobrecarga e uma equipe cada vez mais apática.

No papel, estão “liderando”. Na prática, estão apenas sobrevivendo enquanto o dia a dia na empresa os consome.

Durante um diagnóstico recente em uma indústria do interior paulista, identificamos um padrão preocupante: 80% das lideranças foram promovidas internamente sem qualquer capacitação prévia. Em 6 meses, o índice de pedidos de demissão voluntária dobrou — e, em 70% das entrevistas de desligamento, o motivo era o mesmo: “meu líder me desmotivava”.

Implantamos um Programa de Desenvolvimento de Líderes com trilhas personalizadas, supervisão quinzenal e metas de liderança alinhadas ao negócio. Em 4 meses:

  • A rotatividade caiu 42%.

  • O índice de clima por equipe aumentou em média 27 pontos.

  • O NPS dos líderes saltou de 32 para 71.


Mas, o que é um líder quebra-galho?

Você provavelmente conhece (ou já foi) um líder assim:

Assume tarefas que deveria delegar.
Evita conversas difíceis.
Não sabe dar feedback nem reconhecer resultados.
Age no improviso, sem clareza sobre metas de equipe.
Sustenta um time que depende dele para tudo — e não cresce.


Esse tipo de liderança custa caro. Desmotiva os bons, encoraja os medíocres e cria uma cultura onde ninguém quer ser líder.

Liderança é função estratégica, não emergencial!

Formar líderes é caro? Sim.
Mas manter líderes despreparados custa mais — e compromete o crescimento da empresa. Se você lidera uma equipe ou é responsável por promovê-los, pergunte-se:

Estou construindo uma liderança de verdade ou só apagando incêndios com o primeiro voluntário disponível?”

Empresas que crescem sustentavelmente sabem que liderança não se improvisa. Se constrói. Com método, acompanhamento e muita clareza de papel.

Esta edição te provocou?
Na próxima, trarei os sinais silenciosos de uma cultura organizacional adoecida — e como o RH pode agir antes que o problema vire crise.

Até lá,

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