Quando você aceita quem de fato é, você nunca mais encontrará alguém que não seja diferente.
Você passa a ver aquilo que é. Todas as pessoas são apenas espelhos: você vê a si mesmo.
Assim, por que teríamos que nos preocupar com os outros?
Se reconhecer não é um processo gradual, pois o autoconhecimento não é algo que você tenha que inventar; é algo a ser descoberto, já está aí! É você, é o seu próprio centro.
Então, tudo o que lhe acontecer é o que escolheu fazer.
Mas você, certamente, perguntará: “Por que alguém escolheria uma vida de angústias, de dor e sofrimento?”
Existem várias razões nisso. Quem sabe você só exista no sofrimento?!
Em outro sentido, você talvez desaparecesse.
Na graça, você se perde, como uma gota quando cai no oceano.
É isso que faz com que as pessoas façam suas escolhas: elas temem perder-se a si mesmas.
Quanto mais sofrem, mais sentem que existem. Sofrer as define.
Era uma vez um menino aflito, em seu primeiro dia de aula, que levantou a mão para pedir para ir ao banheiro.
Voltou dizendo que não havia encontrado o banheiro.
Depois de explicarem ao menino, ele saiu novamente ao pátio da escola e, ainda assim, não conseguiu achar.
Na terceira vez, um aluno mais velho o acompanhou.
Ao encontrar o banheiro, o menino pediu ajuda ao mais velho, pois estava usando as calças de trás para a frente.
Esta é a situação: nada está faltando. Você é quem escolhe o que quer para si.
Só depende de você. Algumas pessoas precisam ser guiadas.
Mas a escolha sempre será individual.
Para muitos, optar pela mudança não é prioridade. Talvez esteja no final da lista. Primeiro vem o mundo, depois vem Deus. E, assim, nunca encontrarão Deus, porque o mundo é vasto.
Daí a importância de alguém para guiá-los, porque as pessoas se tornam tão agarradas às suas prisões que temem a liberdade fora delas. Mesmo que as portas fiquem abertas, elas não fogem. Enganam-se a si mesmas, fingindo não ver a porta.
“Por que eu me arriscaria?”, pergunte-se.
Mas lembre-se: a escolha é absolutamente sua.
Ninguém pode dizer o seu “sim” contra a sua vontade.
Se você decidiu ficar como está, a responsabilidade dessa escolha também é sua.
Não culpe o mundo.
E é bom que seja assim, pois dizer “sim” sem querer faz com que o chamamento não tenha valor algum. Não seria liberdade, se você pudesse ser forçado a seguir. Estaria apenas trocando uma escravidão por outra.
Quando o seu “sim” é total, quando a resistência é abandonada, as coisas começam a acontecer por si mesmas. Você era apenas uma desculpa para que a mudança não ocorresse na sua vida.
Você, que antes era apenas uma gota, se torna parte do oceano.
Então, você se perde no seu “sim”.
A escolha é sua!